sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Covilhã



Covilhã


Entre rios e serras, a cidade da Covilhã é uma das portas de
entrada na Serra da Estrela.



Terra de pastores lusitanos na origem, foi reconquistada aos
mouros pelo rei D. Sancho I que a protegeu com muralhas
e afirmou-se como ponto estratégico durante a Idade Média,
sobretudo com o rei D. Dinis, quando este pôs em prática o
reforço da defesa do território.




Esta vila realenga, título concedido por D. Manuel que lhe
deu foral novo em 1510, foi também terra de descobridores.
O Infante D. Henrique, o Navegador, recebeu de seu pai,
o rei D. João I, o título de Senhor da Covilhã, depois de conquistar
Ceuta em 1415.




Aqui nasceu Pêro da Covilhã, explorador que o rei D. João II mandou
ao Oriente e cujas informações tornaram mais certeira a descoberta
do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama.




Uma das referências obrigatórias na Covilhã é a arte dos lanifícios,
iniciada ainda no tempo de D. Sancho I e desenvolvida pela
comunidade judaica que aqui se instalou desde então e permaneceu
até ao séc. XV. A indústria de têxteis, que produziu todas as fardas
do exército português durante o reinado de D. João V, ganhou um
novo impulso em 1763 sob a acção de Marquês de Pombal que
aqui fundou a Real Fábrica de Panos, tornando-se o maior centro de
produção de lanifícios de todo o país. O crescimento económico
que daí resultou levou a que em 1870 a Covilhã se elevasse a cidade.















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