terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Castelos de Portugal

Castelo de Montemor-o-Velho localiza-se na Vila, Freguesia e Concelho

de mesmo nomeDistrito de Coimbra, em Portugal.

Em posição dominante sobre a vila, na margem direita do rio Mondego,

à época junto à sua foz, no contexto da Reconquista cristã da

Península Ibérica, constituiu-se em um ponto estratégico na defesa 

da linha fronteiriça do baixo Mondego, em particular da região de

Coimbra. Foi, por essa razão, a principal fortificação da região,

à época.As primeiras referências documentais à povoação e seu

castelo remontam ao século IX, quando Ramiro I das Astúrias e

seu tio, o abade João do Mosteiro do Lorvão, o conquistaram (848).

O soberano transmitiu ao tio estes domínios, com o encargo de

defender o castelo, mantendo-lhe guarnição, cuja alcaidaria João

entregou a D. Bermudo, filho de sua irmã, D. Urraca. Ainda naquele 

ano resistiu ao cerco que lhe foi imposto pelo califa de CórdobaAbderramão II.




























                                                                               

Castelo de Belver, no Alentejo, localiza-se na freguesia de Belver

no concelho de Gaviãodistrito de Portalegre, em Portugal.

Considerado um dos mais completos da arquitectura militar medieval

portuguesa, ergue-se isolado no alto de um monte granítico, a 

Oeste da vila, em posição dominante sobre a confluência da ribeira de

Belver com a margem direita do rio Tejo, guarnecendo a então chamada 

Linha do Tejo.












                                                                                 

Castelo de Pirescoxe, também referido como de Pirescouxe,

PirescochePiriscouxePeriscoxe e Pires Coche, localiza-se 

na aldeia e povoação de Pirescoxe, na freguesia de Santa Iria de Azóia,

concelho de Loures, no distrito de Lisboa, em Portugal.

Erguido em posição dominante sobre uma espécie de promontório donde

se descortina o curso do rio Tejo, trata-se, na realidade, duma mansão 

senhorial, acastelada, típica da nobreza de Portugal em finais da Idade Média.

Não se conhece, com segurança, a origem da toponímia, que alguns afirmam

ligar-se ao nome de Pero Escouche (provavelmente Pedro Pais da Silva, 

chamado Pedro Pais Escachia ou simplesmente Pedro Escachia) e, outros,

a um indivíduo de apelido Pires, que coxo, era conhecido como "Pires Coxo".

O chamado Castelo de Pirescoxe remonta ao século XV, quando, em 1442,

Nuno Vasques de Castelo Branco e sua mulher Joana Juzarte, instituíram um

Morgadio neste local, até então uma quinta da família. Fizeram erguer, desse

modo, um paço, monumentalmente acastelado, para a sua residência.









Castelo de Palmela localiza-se na vila, freguesia e concelho de mesmo nome,

distrito de Setúbal, em PortugalNa península de Setúbal, no contraforte Leste

da serra da Arrábida, está situado entre os estuários do rio Tejo e do rio Sado

próximo à foz deste último. Inscreve-se na chamada Costa Azul, no Parque

Natural da Arrábida. Do alto da sua torre de menagem, em dias claros a vista

se descortina até LisboaÀ época da Reconquista cristã da Península Ibérica,

após a conquista de Lisboa (1147) pelas forças de D. Afonso Henriques

(1112-1185), vieram a cair no mesmo ano SintraAlmada e Palmela. Na ocasião,

as forças muçulmanas que defendiam Palmela, abandonaram-na, indo refugiar-se 

em Alcácer do Sal. Desse modo, as forças portuguesas apenas se assenhorearam

da povoação e seus domínios. As forças muçulmanas, entretanto, logo se

reorganizaram, recuperando a margem sul do rio Tejo. Os cristãos reconquistaram

Palmela em 1158. Novamente perdida, foi definitivamente conquistada pelo soberano

em 24 de Junho de 1165. A partir do ano seguinte foram-lhe empreendidas obras

de reforço.



















Castelo de Bragança localiza-se na freguesia de Santa Maria, no centro

histórico da cidade, concelho e distrito de Bragança, em Portugal.

Em Trás-os-Montes, no extremo nordeste do país, à margem do rio Fervença,

é um dos mais importantes e bem preservados castelos portugueses. Do alto

de seus muros avistam-se as serras de Montesinho e de Sanábria (a norte), 

a de Rebordões (a nordeste) e a de Nogueira (a oeste). Em meados do século X,

à época do repovoamento da região de Guimarães pelo conde Hermenegildo 

Gonçalves e sua esposa Mumadona Dias, os domínios de Bragança tinham 

como senhor um irmão de Hermenegildo, o conde Paio Gonçalves. Posteriormente,

o senhorio passou para a posse de um ramo da família Mendes, encontrando-se,

conforme mencionado em documento datado 7 de Julho de 1128, no domínio de

Fernão Mendes de Bragança II, cunhado de D. Afonso Henriques (1112-1185).

Considera-se que, nesse período, por razões de defesa, a povoação tivesse sido 

transferida para o atual sítio, no outeiro da Benquerença, à margem do rio Fervença,

reaproveitando-se os materiais na construção das novas residências e de um 

castelo para a defesa das gentes.


Castelo de Penela localiza-se na vila de mesmo nome, na freguesia

de São Miguel (Penela)Distrito de Coimbra, em Portugal.

Em posição dominante sobre uma colina calcária, integrava a chamada linha

do Mondego, e tinha como função a de guarda avançada de Coimbra, à época

da Reconquista. Juntamente com o Castelo de Montemor-o-Velho, constituem

o testemunho mais expressivo de seu tipo, do período, na região. De seus muros

descortina-se uma bela vista da povoação, e ao longe, a Leste, da serra da Lousã.

A origem da sua toponímia é controversa, atribuída por alguns autores a primitivos

povos celtas. Uma tradição local refere que, quando da conquista por D. Afonso

Henriques (1112-1185), ao penetrar na povoação por meio de um estratagema, 

o soberano teria incitado os assaltantes exclamando: Coragem! Já estamos com

o pé nela!. Parece mais correto, entretanto, compreender Penela como um diminutivo

de penha, local eleito para a primitiva fortificação.

                                                                                    


Castelo de Ródão, também referido como Castelo do Rei

Vamba, é um castelo situado na freguesia e concelho de Vila

Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, província da Beira Baixa, em Portugal.

Constitui-se numa torre-atalaia, erguida numa escarpa sobranceira ao rio Tejo, sobre

as chamadas Portas de Ródão, um estreitamento no curso do rio.

Do alto de seus muros, miradouro de visita obrigatória, o visitante 

descortina excepcional panorâmica do vale do Tejo.





Castelo de Vilar Maior localiza-se na freguesia e povoação
de 
Vilar Maior, concelho do Sabugaldistrito da Guarda, em
Portugal.Em posição dominante sobre o vale do rio Cesarão e a povoação,
do alto de seus muros é possível avistar-se o 
Castelo da Guarda.
À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, a posição de Vilar Maior
revestiu-se de valor estratégico, na fronteira entre cristãos e muçulmanos.
O castelo é pela primeira vez referido na segunda metade do 
século XI,
imediatamente após a campanha das 
Beiras, promovida por 
Fernando Magno (1139).




Castelo de Chaves localiza-se na freguesia de Santa Maria Maior,
cidade e concelho de 
Chavesdistrito de Vila Real, em Portugal.
Em posição dominante sobre uma elevação à beira do rio Tâmega,
defendia a fronteira com a 
Galiza.Certamente remontando a um
castro pré-romano, à época da Invasão romana da Península Ibérica.
Chaves foi importante centro urbano conforme também o testemunham
os vestígios arqueológicos. A partir do ano de 
78 tornou-se sede de
município fundado por 
Tito Flávio Vespasiano, que a denominou Aquae Flaviae,
em homenagem à excelência das águas termais em que a região é abundante.




Castelo de Marvão, no Alentejo, localiza-se na vila e 

freguesia de Santa Maria de Marvão, concelho de Marvão

distrito de Portalegre, em Portugal.

O castelo inscreve-se no Parque Natural da Serra de

São Mamede, na vertente norte da serra, em posição dominante

sobre a vila e estratégica sobre a linha da raia, controlando, 

no passado, a passagem do rio Sever, afluente do rio Tejo.

Esse fato garantiu-lhe a atenção de diversos monarcas, 

expressa em diversas campanhas de remodelação, que deram

ao monumento o seu aspecto atual.




Castelo de Torres Novas localiza-se na freguesia de Santa Maria,

concelho de Torres Novas, no distrito de Santarém, em Portugal.

Em posição dominante sobre a vila, à margem do rio Almonda,

integrante da chamada Linha do Tejo, o antigo castelo medieval

permanece como ex-libris da povoação. É certo que aqui

existia uma povoação Muçulmana à época da Reconquista 

cristã da Península Ibérica, cuja posse deve ter oscilado ao sabor

dos avanços e recuos da linha fronteiriça. Embora se acredite que

uma conquista inicial remonte a 1135, perdida em 1137, no contexto 

da fundação e primeira destruição de Leiria, as fontes documentais

são acordes em que Turris foi definitivamente conquistada 

pelas forças sob o comando de D. Afonso Henriques (1112-1185) 

em 1148, na sequência das conquistas de Santarém e Lisboa, no ano anterior.




Castelo de Sintra, popularmente conhecido como Castelo dos Mouros,

localiza-se na vila de Sintra, freguesia de São Pedro de Penaferrim

concelho de Sintra, no distrito de Lisboa, em Portugal.

Erguido sobre um maciço rochoso, isolado num dos cumes da serra

de Sintra, na Estremadura, do alto das suas muralhas descortina-se

uma vista privilegiada de toda a sua envolvência rural que se estende 

até ao oceano Atlântico.O destino de Sintra manteve-se associado ao

de Lisboa, que viria a ser reconquistada pelas forças de Afonso VI 

de Leão e Castela, para voltar ao domínio muçulmano em 1095, até

se entregar voluntária e definitivamente, a D. Afonso I Henriques

(1112-1185) em 1147. Visando o seu repovoamento e defesa, 

o soberano outorgou Carta de Foral a Sintra em 1154, quando 

terá determinado reparos nas suas defesas, dotando-a de um templo,

Igreja de São Pedro de Penaferrim.

                                                                                    


                                                                                   





Castelo de Castro Laboreiro, também referido como Castelo 

de Castro Laboredo, localiza-se na vila e freguesia de Castro

Laboreiro, concelho de Melgaçodistrito de Viana do Castelo, em Portugal.

Em posição dominante no alto de um monte, em terreno de difícil acesso

entre as bacias do rio Minho e do rio Lima, está integrado no Parque

Nacional da Peneda-Gerês.Em 1141D. Afonso Henriques (1112-1185)

conquistou a povoação de Castro Laboreiro, fazendo reforçar a sua defesa 

(1145), que passava a integrar a linha fronteiriça dos domínios de Portugal.

Embora se desconheçam os detalhes dessa defesa, ela estaria concluída, 

conforme inscrição epigráfica, sob o reinado de D. Sancho I (1185-1211). 

No início do reinado de D. Afonso III o castelo foi severamente danificado

diante da invasão de tropas do reino de Leão (1212).














                                                                            

Castelo de Montemor-o-Novo localizava-se na antiga freguesia de
Santiago do Castelo e hoje na união das freguesias de Nossa Senhora
distrito de Évora, no Alentejo, em PortugalNa época da reconquista cristã da
Península Ibérica, a povoação foi conquistada pelas forças portuguesas
sob o comando de D. Sancho I (1185-1211). Visando o seu repovoamento 
e defesa, o soberano concedeu-lhe Carta de Foral em 1203. Acredita-se que 
a construção do castelo medieval se tenha iniciado nesta fase.

Na época de D. Dinis (1279-1325) foram encetadas grandes reformas nas 

defesas da povoação, entre as quais a construção da cerca da vila, concluída 

em 1365.









Castelo de Almeida localiza-se na vila, freguesia e concelho de

mesmo nome, no distrito da Guarda, em PortugalIntegrante da chamada 

Linha do Tejo, fronteira do reino de Portugal ao se encerrar o século XIII,

tinha como função o povoamento e defesa das terras de Ribacôa

Atualmente os remanescentes do castelo medieval integram as defesas

da Praça-forte de Almeida, povoação que goza do estatuto

de Aldeia Histórica. À época da Reconquista cristã da Península Ibérica,

a povoação e seu castelo foram conquistadas pelas forças do reino de Leão,

reconquistadas pelos muçulmanos e, finalmente, pelas forças de Portugal.

Integrante do território de Ribacôa, disputado a Leão por D. Dinis (1279-1325),

a sua posse definitiva para Portugal foi assegurada pelo Tratado de Alcanices (1297).






Castelo de Porto de Mós, também referido como Castelo de

D. Fuas Roupinho, localiza-se na freguesia de Porto de Mós -

São João Baptista e São Pedro, na vila de Porto de Mós, no distrito

de Leiria, em Portugal.

Erguido sobre um outeiro, em posição dominante sobre a povoação,

o seu nome está ligado ao de D. Fuas Roupinho, imortalizado nos

versos de Luís de Camões e na Lenda da NazaréÀ época da Reconquista

cristã da Península Ibérica, tendo as forças de D. Afonso Henriques (1112-85)

avançado até à linha do rio Tejo, Porto de Mós tornou-se um ponto estratégico

na defesa de Leiria e de Coimbra. Conquistada em 1148, a tradição refere 

como seu Alcaide o ilustre D. Fuas Roupinho. Pouco tempo mais tarde os

mouros reconquistaram este castelo, tendo D. Fuas logrado a fuga para 

retomá-lo em seguida, com reforços, definitivamente.


                                                                                  



                                                                                   





Castelo de Tomar, no Ribatejo, localiza-se na freguesia de

São João Baptista, na cidade e concelho de Tomardistrito de

Santarém, em Portugal. Integra o grande conjunto arquitetónico do

Convento de Cristo.

Castelo templário na margem direita do rio Nabão, integrou, à época

da Reconquista, a chamada Linha do Tejo, juntamente com outros na

região que lhe acompanham o estilo: os de AlmourolIdanhaMonsanto,

Pombal e ZêzereAfirmando-se imperativa a operação de uma

fortificação destinada a complementar a linha defensiva do acesso

por Santarém à então capital, Coimbra, ao fim de um ano no arruinado 

Castelo de Cera, o Mestre da Ordem dos Templários em Portugal, 

D. Gualdim Pais, filho de Paio Ramires, decidiu-se pela construção

de um novo castelo, em local mais adequado, e que viria a tornar-se 

a sede da Ordem no país.



Castelo de Arraiolos, também conhecido como Paço dos Alcaides,
localiza-se na vila, freguesia e concelho de 
Arraiolos, no distrito de Évora,
em 
Portugal. Destaca-se por ser um dos raros castelos de planta circular,
no mundo.
A ideia de fortificação deste local remonta à doação da chamada
herdade de Arraiolos feita por D. Afonso II (1211-1223) a D. Soeiro,
bispo de 
Évora, com a permissão para que nela se erguesse um castelo (1217). 




Castelo do Sabugal, também referido como Castelo das
Cinco Quinas devido ao formato incomum de sua torre de menagem,
localiza-se na freguesia, cidade e concelho do Sabugal, no distrito da
Guarda, em Portugal Em posição dominante sobre a povoação, num pequeno
planalto da serra da Malcata, controla a travessia do rio Côa em sua
margem direita, donde a sua importância na antiguidade
as terras do Sabugal foram inicialmente conquistadas possivelmente
por D. Afonso Henriques (1112-1185) em 1160, vindo a ser perdidas logo
após para o reino de Leão.

Em 1190Afonso IX de Leão criou o Concelho do Sabugal, tendo a vila sido

fundada por volta de 1224, época em que foi principiado um reduto defensivo.












Castelo de Mértola, no Alentejo, localiza-se na freguesia, vila e

concelho de Mértoladistrito de Beja, em Portugal.

Em posição dominante sobre a povoação, na confluência da ribeira

de Oeiras com a margem esquerda do rio GuadianaÀ época da

Reconquista cristão da Península Ibérica, as forças de D. Sancho II

(1223-1248) investem para o Sul, acompanhando ambas as margens 

do rio Guadiana, vindo a conquistar Mértola (na margem direita) e Ayamonte

(na esquerda) (1238). A primeira foi doada à Ordem de Santiago, na

pessoa de seu Grão-Mestre, D. Paio Peres Correia (1239). A Ordem,

que já tinha sob sua responsabilidade a defesa de outras praças ao sul

do país (Alcácer do SalAljustrel, e outras), fez de Mértola a sua sede

(Capítulo) em Portugal, posteriormente transferida para o Castelo de Palmela.

Em 1254 a povoação recebeu Carta de Foral, alçada à condição de vila.

Data deste período a construção da torre de menagem, cujas obras foram

concluídas em 1292 sob a direção do mestre João Fernandes. Esta torre,

bem como a alcáçova, foram a residência do alcaide-mor até ao século XVI,

época em que a estrutura foi progressivamente abandonada.



Castelo de Serpa, no Baixo Alentejo, localiza-se na freguesia

de Salvador, povoação e concelho de Serpa, no distrito de Beja, em Portugal.

Em posição dominante sobre a povoação, integra o território à margem

esquerda do rio Guadiana, juntamente com os vizinhos Castelo de Moura

Castelo de Mértola e Castelo de Noudar.À época da Reconquista cristã da

Península Ibérica, a povoação e seu castelo foram inicialmente conquistadas

ou por tropas sob o comando de D. Afonso Henriques (1112-1185) ou pelo

grupo sob o comando de Geraldo Sem-Pavor, em incursão promovida em

1166 no território além do rio Guadiana.

Retornou à posse muçulmana quando da grande ofensiva almóada de Iacube

Almançor até ao rio Tejo (1191), quando os cristãos se mantiveram em poder

apenas de Évora, em todo o Alentejo. Mais tarde, as forças de D. Sancho II

recuperariam estas terras, sendo Serpa conquistada em 1232 e os seus

domínios entregues a D. Fernando, irmão do soberano.

Duas décadas mais tarde, tendo D. Afonso III (1248-1279) concluído a conquista

do AlgarveAfonso X de Castela impugnou-lhe jurídicamente estes domínios.




                                                                                     
Castelo de Beja, no Alentejo, ergue-se sobre a cidade,
 concelho e distrito de Beja, em Portugal
À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, Beja foi inicialmente 
conquistada pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185) em 1159,
para ser abandonada quatro meses mais tarde. Foi reconquistada de
assalto-surpresa, por uma expedição de populares vindos de Santarém, em 
princípios de Dezembro de 1162.Nos anos que se seguiram, 
posteriormente à derrota daquele soberano no cerco de Badajoz (1169),
o cavaleiro Gonçalo Mendes da Maia - o Lidador, já nonagenário,
perdeu a vida na defesa das muralhas de Beja.







                                                                                 

Castelo de Alter do Chão, no Alentejo, localiza-se na freguesia de

Alter do Chão, na vila e concelho de mesmo nomedistrito de Portalegre,

em Portugal.

No centro histórico da vila, este castelo é representativo da arquitetura

medieval trecentista, quando cooperava com o vizinho Castelo de Alter

Pedroso na defesa desta região. No contexto da Reconquista cristã da

Península Ibérica, esta região foi ocupada pelas forças de Portugal

desde a segunda década do século XIIIAfonso II (r. 1211–1223

ordena o seu repovoamento em 1216. Sob o reinado de Sancho II 

(r. 1223–1248), o castelo já é mencionado, na Carta de Povoamento

dada a Alter do Chão pelo bispo da Guarda, Mestre Vicente Hispano

(1232). Ainda visando incrementar o seu povoamento, o rei Afonso III 

(r. 1248–1279) outorgou foral à povoação (1249), determinando reedificar

o seu castelo.






Castelo de Abrantes, também referido como Fortaleza de Abrantes,

no Ribatejo, localiza-se nas freguesias de São João e São Vicente,

povoação e concelho de Abrantesdistrito de Santarém, em Portugal.

Em posição dominante sobre uma colina à margem direita do rio Tejo,

outrora constituindo a chamada Linha do Tejo, um conjunto de fortalezas

que atualmente faz parte da Região de Turismo dos Templários.

À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, em 1118 ou

1148, a povoação foi conquistada aos mouros pelas forças de D. Afonso Henriques

(1112-1185), que lhe determinou a reconstrução das defesas. As necessidades

de defesa da chamada Linha do Tejo, valorizaram-lhe o sítio, num período em 

que a Ordem dos Templários dotava o médio curso do rio de uma impressionante

linha defensiva, na qual se inscreveu. Resistiu, desse modo, ao assédio das

forças do Califado Almóada sob o comando de Abem Jacob, as quais tiveram

que se retirar sofrendo pesadas baixas. Em recompensa por esse feito heroico,

recebeu do soberano a sua Carta de Foral (1179).





Castelo da Feira, também referido como Castelo de Santa Maria da 

Feira e Castelo de Santa Maria, localiza-se na freguesia e cidade da

Feira concelho de Santa Maria da Feiradistrito de Aveiro, em Portugal.

Outrora cabeça da Terra de Santa Mariaex libris da Feira, é considerado

como um dos exemplos mais completos da arquitetura militar medieval no

país, uma vez que nele se encontra representada a vasta gama de

elementos defensivos empregados no período. Quando D. Henrique

(1095-1112) recebeu as terras do Condado Portucalense (1095), estas

incluíam os domínios não apenas deste Castelo de Santa Maria, mas

também o Castelo de Guimarães, o Castelo de Faria e o Castelo de Neiva.

Com o falecimento do Conde, diante da ascendência do galego Fernão 

Peres de Trava sobre a viúva, D. Teresa de Leão, os senhores ao sul do 

rio Minho, insatisfeitos, organizaram-se em torno do jovem D. Afonso Henriques,

que, nesse ínterim, se armou cavaleiro (1125).






Castelo de Leiria localiza-se na cidade, freguesiaconcelho e distrito de

Leiria, em PortugalEdificado em posição dominante a norte sobre a primitiva

povoação e o rio Lis, este belo e imponente castelo medieval, onde se

contrastam as belezas do património edificado e as da paisagem natural,

é um dos "ex-libris" da cidade, recebendo, anualmente, entre 50 e 70

mil turistasNo ano 2011 recebeu a visita de 54303 pessoas. Considerado 

o melhor exemplo de transformação residencial de um castelo no país, 

o monumento compreende outras atracções arquitectónicashistóricas e 

arqueológicas.

Ao consolidar o seu governo a partir de 1128, o jovem D. Afonso Henriques

(1112-1185), planeou alargar os seus domínios, então limitados a norte pelo

rio Minho a sudoeste pela serra da Estrela e a sul pelo rio Mondego

Para esse fim, a partir de 1130, invadiu por diversas vezes o território

vizinho da Galiza a norte, ao mesmo tempo em que se mantinha atento

à fronteira sul, constantemente atacada pelos muçulmanos.








Castelo de Folgosinho, na Beira Alta, localiza-se na vila e freguesia

de Folgosinho, concelho de Gouveiadistrito da Guarda, em Portugal.

Na vertente norte da serra da Estrela, o castelo é o ex libris da povoação,

cuja fundação é atribuída ao lendário Viriato, que aqui teria nascido. 

Juntamente com o de Linhares e com o de Celorico, o castelo de

Folgosinho compunha um triângulo defensivo do vale do rio Mondego.

À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, o rei D. Sancho I

(1185-1211) outorgou-lhe carta de foral em 1187, tendo em vista, a sua

posição estratégica e a necessidade de povoamento e defesa da região. 

O seu sucessor, D. Afonso II (1211-1223), confirmou-lhe o foral (1217). 

Alguns autores referem que D. Dinis (1279-1325) repetiu o ato.

No século XVID. Manuel I (1495-1521) concedeu-lhe Foral Novo (1512).









 



 
Castelo de Linhares da Beira localiza-se na vila e Freguesia 
Guarda, em PortugalSituado num cabeço rochoso num contraforte 
a noroeste da serra da Estrela, domina o vale do rio Mondego.
O seu passado mergulha nas lendas, sendo considerado uma
das fortificações medievais mais importantes da Beira Alta Interior.
A facilidade de comunicação viária não terá deixado Linhares alheia 
aos eventos da Reconquista cristã da península. Alguns autores 
questionam se a Linhares mencionada entre outras povoações
na concessão de um foral sem data, pelo rei Fernando Magno 
de Leão, seria esta povoação na Beira, ou a homónima, no Douro.

Com a independência de PortugalD. Afonso Henriques, visando

promover o seu povoamento e defesa, lhe concedeu foral

em 1169. Esse privilégio seria confirmado em 1217 por D. Afonso II.



                                                                           



















   
 

Castelo de Torres Vedras localiza-se na freguesia de Santa

Maria do Castelo e São Miguel, povoação e concelho de Torres Vedras,

distrito de Lisboa, em Portugal.

Ergue-se em posição dominante sobre um monte escarpado e íngreme, 

envolvido pela malha urbana e por arborização. À época da Reconquista 

cristã da Península Ibérica, no contexto da conquista de Santarém (1147),

a fortificação de Torres foi tomada em 1148 pelas forças de D. Afonso Henriques

(1112-1185). No ano seguinte, o soberano doou os domínios da povoação e seu 

castelo a D. Fuas Roupinho, nobre a quem se atribuiu a reconstrução e reforço 

das muralhas da fortificação.

Desse modo consta ter resistido em 1184, por onze dias, ao assédio que em vão

lhe foi imposto por uma coluna das tropas muçulmanas espalhadas pela região

de Santarém, após o insucesso do ataque aquela cidade sob o comando do emir

Abu Iacube Iúçufe.

Recebeu, mais tarde, as atenções de Dinis I de Portugal (1279-1325), que reforçou

e lhe ampliou as defesas (1288), e de D. Fernando (1367-1383), que lhe mandou

reparar a cerca da vila (1373).









                                                                                    

Castelo de Pinhel localiza-se na cidade, freguesia e concelho 

de mesmo nome, no distrito da Guarda, em Portugal.

Fortificação da raia beirã com o reino de Leão em tempos medievais,

ergue-se em posição dominante na Serra da Marofa, à margem 

esquerda do rio Côa.

O Castelo de Pinhel, juntamente com o Pelourinho de Pinhel, são

os símbolos mais importantes da Cidade FalcãoA época da

Reconquista cristã da Península Ibérica, com a afirmação da 

nacionalidade portuguesa, D. Afonso Henriques (1112-1185) procedeu 

ao repovoamento e reforçadas defesas de Pinhel. O seu sucessor,

D. Sancho I (1185-1211) deu prosseguimento a essa tarefa, outorgando

Carta de Foral a Pinhel (1189 segundo alguns, 1209 segundo outros), 

de quando datará o início da construção do castelo medieval, concluído

sob o reinado de D. Afonso II (1211-1223), que lhe passou novo fora

em 1217.





Castelo de Portel, no Alentejo, localiza-se na vila, freguesia 

e concelho de mesmo nomedistrito de Évora, em Portugal.

Em um dos contrafortes da serra de Portel, ergue-se em posição

dominante sobre a vila medieval. Nas vizinhanças merecem visita,

além do castelo, a Igreja Matriz da Vera Cruz, as grutas de Algar e

barragem do AlquevaÀ época da Reconquista cristã da Península

Ibérica, os domínios de Portel Mafomede estavam compreendidos no 

primitivo termo de Évora, na doação feita por Afonso III de Portugal a

João de Aboim, anteriormente a 1257. Este nobre, letrado, que chegou

a desempenhar as funções de Mordomo-mor do reino, era tão somente

um valido do soberano quando, após o conflito que opôs D. Afonso III a

seu irmão, Sancho II de Portugal (1223-1248), foi agraciado com essa

honra entre os termos de Évora e Beja, grosso modo coincidente com

serra de Portel. Em 1257, o monarca dirigiu cartas aos homens-bons 

de Évora para que aceitassem João de Aboim como seu vizinho.

Tendo havido contestação acerca dos limites desta doação, somente

após a demarcação de sua jurisdição, em 1261, o soberano autorizou

a construção de um castelo onde melhor servisse aos interesses daquele

nobre (1261). Desse modo, a 1 de Dezembro de 1262, João de Aboim,

acompanhado por sua esposa e filho, passou Carta de Foral aos povoadores

do castelo de Portel, em termos semelhantes aos de Évora.





                                                                                    
Fortaleza de Juromenha localiza-se na freguesia de Juromenha,
concelho de 
Alandroaldistrito de Évora, em Portugal. Entre a Guerra
da Restauração
 e a Guerra Peninsular, sobre o rio Guadiana cuja
travessia fechava, foi considerada uma das chaves da fronteira
do 
AlentejoA povoação e o seu castelo foram conquistados desde 1167
pelas tropas do rei D. Afonso Henriques (1112-1185), auxiliado pelas
forças do lendário 
Geraldo Sem Pavor. Como recompensa, o
soberano nomeou este último como alcaide do castelo. Povoação
e castelo retornariam às mãos dos muçulmanos, sob o comando
do califa 
Iacube Almançor, em 1191, para serem definitivamente
conquistadas por forças portuguesas, sob o comando de D. 
Paio
Peres Correia
, em 1242.







Castelo de Terena, no Alentejo, localiza-se em na povoação e

freguesia de mesmo nome, Concelho de AlandroalDistrito de Évora

em PortugalEm posição dominante no alto de um monte, integrou a 

linha de defesa do rio Guadiana, juntamente com os castelos de

Juromenha, Alandroal, Monsaraz e MourãoAs informações 

documentais mais antigas sobre a povoação datam do reinado

de D. Afonso III (1248-1279), quando o cavaleiro-régio Gil Martins

e sua esposa, D. Maria João, lhe passaram foral, em 1262.

Embora se desconheça uma data precisa para o início das obras

de construção do castelo, acredita-se que terá tido lugar neste período, 

uma vez que a fronteira do Alto Guadiana se revestia de importância

estratégica para a Coroa portuguesa, e dado o interesse manifestado

pelo rei D. Dinis (1279-1325) na consolidação desta linde, assegurada

ainda pelos castelos de Elvas, Juromenha e Alandroal 












Castelo de Moura, no Alentejo, localiza-se na freguesia de São

João Batista, concelho de Moura, distrito de Beja, em Portugal. 

Erguido em posição dominante sobre a vila, na confluência da ribeira 

de Brenhas com a ribeira de Lavandeira, tributárias do rio Ardila, à margem 

esquerda do rio Guadiana, inscreve-se atualmente em área de Reserva Natural.

A sua defesa era complementada, a partir do século XIII, pelas atalaias da 

Cabeça Gorda, da Cabeça Magra, de Porto Mourão e de Alvarinho. Esta vila

está ligada à História do Brasil pela ação do Regimento de Moura, em tempos

coloniais. À época da reconquista Cristã da Península Ibérica, a povoação

foi inicialmente conquistada, em 1166, pelos irmãos Pedro e Álvaro Rodrigues 

e perdida quase de seguida. Foi, ainda em 1166, conquistada por Geraldo Sem 

Pavor, tendo depois disso, e até ao reinado de D. Dinis, sido perdida e

reconquistada mais quatro vezes.

Recebeu Carta de Foral outorgada por D. Afonso Henriques (1112-1185) em 

1171. O foral da vila seria confirmado, em 1217, por D. Afonso II (1211-1223).

O definitivo domínio cristão da região, entretanto, só seria alcançado a partir de

1232.





Castelo de Nisa, no Alentejo, localiza-se na freguesia de Nossa 
Senhora da Graça, povoação e concelho de Nisadistrito de 
Portalegre, em PortugalNisa sucedeu, em fins do século XIII, a chamada 
Nisa-a-Velha, a Nordeste da atual, sobre a elevação onde atualmente 
se ergue a Capela de Nossa Senhora da Graça, e cuja primitiva ocupação
humana remonta a povos pré-romanos. Em Nisa-a-Velha existiu um antigo
castelo, presumivelmente remontando à época da Reconquista cristã da
Península Ibérica, quando a povoação recebeu Carta de Foral em alguma
data anterior a 1232, uma vez que neste ano, D. Sancho II (1223-1248),
ao conceder foral à vila do Crato refere: "Damus vobis populatoribus tam
presentibus quan futuris foros et costumes de Nisa".



Castelo de Avis localiza-se na vila, freguesia e concelho de Avis,
A sua edificação prende-se à instalação da Ordem Militar de São Bento de Avis
na região do Alentejo.À época da Reconquista cristã da Península Ibérica,
as terras da atual Avis foram doadas, em 1211, pelo rei D. Afonso II
(1211-1223) à Milícia dos Freires de Évora (fundada em 1175), com a 
condição de as povoarem e de construírem um castelo para a
defesa do lugar. As obras teriam lugar entre 1214 e 1223, atribuídas
ao seu primeiro Grão-Mestre, D. Fernão Anes, tendo os freires 
transferido para aqui a sede da sua Ordem, posteriormente denominada
como Ordem Militar de São Bento de Avis ou, simplesmente, Ordem de Avis.
Ainda na primeira metade do século XIII foi erguido o primitivo edifício do
Convento.Seria, a partir da ascensão de D. João I, Mestre de Avis, ao trono,
que o nomeda vila ficou associado à História de Portugal, passando a Ordem
para a dependência da Coroa.





Castelo de Borba, no Alentejo, ergue-se na freguesia,
vila e concelho de Borba, no distrito de Évora, em Portugal.
No contexto da Reconquista cristã da península, a povoação
foi tomada por D. Afonso II (1211-1223) aos mouros em 1217.
Para o seu povoamento e defesa, o soberano doou estes domínio
à Ordem de São Bento de Avis, determinando a construção do castelo.

Compreendida no território lindeiro disputado com Castela, sob o

reinado de D. Dinis (1279-1325), Borba passou definitivamente para 

a posse de Portugal em virtude da assinatura do Tratado de

Alcanises (1297). Devido à sua importância estratégica, este

soberano concedeu-lhe foral (1302), época em que lhe ordenou 

o reforço das defesas. No século XVID. Manuel I (1495-1521)

 confirmou-lhe o foral.





Castelo de Castelo de Vide, no Alentejo, localiza-se na freguesia 

de Santa Maria da Devesa, povoação e concelho de Castelo de Vide

distrito de Portalegre, em Portugal.

Em posição dominante no alto de uma colina a norte da serra de São 

Mamede, revestia-se de importância estratégica devido à sua proximidade

com a fronteira. Devido ao esplendor da paisagem circundante, a povoação 

é conhecida localmente como a Sintra do AlentejoÀ época da Reconquista

cristã da Península Ibérica, algumas evidências não comprovadas apontam

uma suposta conquista por D. Afonso Henriques (1112-1185) em 1148, bem

como a outorga de foral em 1180. Sabe-se, com mais segurança, que a 

povoação encontrava-se no domínio do reino de Portugal em 1232,

revestindo-se de importância e tendo organização municipal já em 1276.









                                                

Castelo de Évora Monte, também conhecido como Castelo de

Evoramonte, localiza-se na freguesia de Evoramonte, concelho 

de Estremozdistrito de Évora, no Alentejo, em Portugal.

Erguido em um dos pontos mais elevados da serra de Ossa, no

centro da povoação, do alto de seus muros domina-se uma grande 

extensão em derredor, até ao Castelo de Estremoz. À época da

Reconquista cristã da Península Ibérica, a povoação foi conquistada

aos mouros pelas forças portuguesas comandadas pelo lendário

Geraldo Sem Pavor, por volta de 1160, ocasião em que o castelo 

terá tido início. As suas defesas foram recuperadas por determinação

de D. Afonso III (1248-1279), soberano que lhe outorgou o primeiro foral 

(1248), renovado em 1271. Estas tentativas de povoamento, entretanto,

não parecem ter sido bem sucedidas, uma vez que seu sucessor, D. Dinis

(1279-1325), ordenou a fortificação da vila (1306), dele nos tendo chegado 

a cerca e as portas.

Com a ascensão de D. João, Mestre de Avis ao trono, o Castelo de

Evoramonte e seus domínios passaram para a posse do Condestável

D. Nuno Álvares Pereira, vindo posteriormente a integrar os domínios

da Casa de Bragança e da Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gota.











Castelo de Estremoz, no Alentejo, localiza-se na cidade de Estremoz,

freguesia de Santa MariaDistrito de Évora, em Portugal.

Erguido em posição dominante sobre uma colina ao norte da serra de Ossa

tinha como função primitiva a defesa desta raia alentejana. Constituindo-se

posteriormente em uma das mais importantes praças-fortes da região do

Alentejo, Estremoz esteve ligada a diversos dos mais decisivos episódios 

militares da História de Portugal. Deu o seu nome, ainda, a um dos mais

atuantes destacamentos militares do país, com decisiva ação no Brasil

colonial, o Regimento de Estremoz. É ainda de assinalar o facto de nele 

ter falecido, em 1336, a rainha Santa IsabelÉ, a par de Elvas, uma das

mais importantes praças-fortes do Alentejo, principalmente no período da

Guerra da Restauração, altura em que serviu também de quartel-general 

das tropas portuguesas.










Castelo de Castelo Rodrigo localiza-se na vila e Freguesia de mesmo nome,
Concelho de 
Figueira de Castelo RodrigoDistrito da Guarda, em Portugal.
Em posição dominante sobre a ribeira de Aguiar, ao sul da planície de Ribacôa,
constituía-se em local de passagem para os peregrinos que, da 
Beira
Baixa
, se dirigiam a Santiago de Compostela pelo caminho que, na Idade
Média
, ia da Guarda a Barca d’Alva. Eles encontravam abrigo no vizinho
Convento de Santa Maria de Aguiar. Atualmente os muros do castelo
envolvem a povoação, integrante do Programa 
Aldeias Históricas.
À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, a povoação foi
conquistada por 
Afonso IX de Leão (1188-1230) Este soberano fez erguer
o primitivo castelo, que integrava a linha defensiva que então implantou
no Ribacôa, juntamente com o 
Castelo de Alfaiates, o Castelo de Almeida,
Castelo Bom e o Castelo Melhor. Essa defesa deveria estar concluída
ou em fase bastante adiantada em 
1209, quando foi criado o Concelho
Perfeito
 de Castelo Rodrigo e a povoação recebeu o primeiro foral.
A toponímina provém do nome do senhor de seus domínios, o conde
Rodrigo Gonçalves Girão, responsável pelo repovoamento e defesa da
região à época.








Castelo de Lamego, no Ribadouro, localiza-se na freguesia de Almacave,

cidade e concelho de Lamegodistrito de Viseu em Portugal.

Castelo originalmente de montanha, atualmente os seus dois panos 

de muralha, interna e externa, inserem-se na malha urbana. Ex-libris da

cidade, do alto de seus muros podem-se avistar as águas dos rios Coura,

Balsemão e Varosa. Os domínios da povoação e seu castelo foram doados

como dote a D. Teresa de Leão quando do seu casamento com D. Henrique

de Borgonha, passando a integrar os domínios do Condado Portucalense.

Com a independência de Portugal, foram doados aos Mendes, senhores de

Bragança. Na campanha construtiva que se desenvolveu na segunda metade 

do século XII, à qual devemos a torre de menagem e a alcáçova, foram

mantidas as muralhas, desprovidas de ameias, e a cisterna, erigidas pelos

muçulmanos no século XI.

No reinado de D. Sancho II (1223-1248), Abril Peres de Lumiares foi alcaide

do castelo até 1245. Acredita-se que a partir das Inquirições de 1258, sob

o reinado de D. Afonso III (1248-1279), tenha tido lugar a ereção da cerca da vila.



Castelo de Lindoso localiza-se, na freguesia e lugar de Lindoso

concelho de Ponte da Barcadistrito de Viana do Castelo, em Portugal.

Sobranceiro a terras de Espanha, em posição dominante na serra Amarela,

sobre a margem esquerda do rio Lima, este castelo foi erguido de raiz, na 

Idade Média, com a função de vigia, defesa e marco de soberania da fronteira.

Embora não tenha estado envolvido em grandes batalhas ou episódios de

história militar, é considerado como um dos mais importantes monumentos

militares portugueses, pelas novidades técnicas e arquitetónicas que ensaiou,

à época, no país. Alguns autores afirmam que o topónimo Lindoso deriva do

Latim "Limitosum" (limitador, fronteira, extrema). Embora não existam 

informações sobre a primitiva ocupação humana de seu sítio, esse topónimo

não se encontra mencionado nas Inquirições de 1220, o que vem a ocorrer

nas de 1258. Compreende-se, por essa razão, que tenha sido erguido de raiz

no reinado de D. Afonso III, inscrita no esforço de reforço do sistema defensivo

das fronteiras, empreendido por aquele soberano. Entre as obrigações dos

habitantes da povoação, incluíam-se as de prover o alcaide de alimentos sob

determinadas circunstâncias, sendo a ele vedado praticar quaisquer abusos

contra esses mesmos habitantes. O castelo teria sido reforçado e ampliado

no reinado de D. Dinis I de Portugala partir de 1278.







Castelo de São Jorge, antigo Paço de Alcáçova, localiza-se na

freguesia de Santa Maria Maior (Castelo), na cidade e concelho de

Lisboa, em Portugal. As primeiras fortalezas do castelo datam do

século I a.C. tendo ele sido reconstruído diversas vezes por vários

povos e recebido diferentes nomes. O nome atual deriva da devoção

do castelo a São Jorge, santo padroeiro dos cavaleiros e das cruzadas,

feita por ordem de D. João I no século XIV.

Ao longo do tempo o castelo, assim como as diversas estruturas militares

de Lisboa, foi sendo remodelado, ao ponto de na primeira metade do século

XX estar já em avançado estado de ruína. Na década de 1940 foram 

empreendidas monumentais obras de reconstrução, levantando-se grande

parte dos muros e alteando-se muitas das torres. Por esse motivo, ao contrário

do que se poderia pensar à primeira vista, o "carácter medieval" deste conjunto

militar deve-se a esta campanha de reconstrução, e não à preservação do 

espaço do castelo desde a Idade Média até aos nossos dias.

Ergue-se em posição dominante sobre a mais alta colina do centro histórico,

proporcionando aos visitantes uma das mais belas vistas sobre a cidade

e o estuário do rio TejoPela primeira vez, o número de visitantes do Castelo

de São Jorge ultrapassou os 1,2 milhão de visitantes em 2014, uma subida de

17,6% face a 2013. A subida deveu-se sobretudo ao público estrangeiro.



          








Castelo de Ourém, também conhecido como Paço dos Condes

de Ourém, localiza-se na cidade de mesmo nome, freguesia de Nossa 

Senhora das Misericórdias, concelho de Ourém, distrito de Santarém,

em PortugalEm posição dominante sobre a vila medieval e a ribeira de

Seiça, é considerado um dos mais belos castelos portugueses. À época

da Reconquista cristã da Península Ibérica, incorporada a região aos

domínios de Portugal, a toponímia Portus de Auren ou Portum Ourens 

encontra-se mencionada como termo de Leiria, na Carta de Foral passada

a esta vila em 1142. Essa toponímia também consta no documento de 

doação do Castelo de Cera à Ordem dos Templários (1159), e num 

documento do Bispo de Lisboa a D. Afonso Henriques sobre uma disputa

territorial com os Templários (1167). Acredita-se, desse modo, que a primitiva

povoação se localizasse num dos vaus da ribeira de Seiça, provavelmente

em algum ponto entre as atuais Sabacheira e Seiça.






Castelo de Monsaraz, no Alentejo, localiza-se na freguesia 

de Monsaraz, concelho de Reguengos de Monsarazdistrito de

Évora, em Portugal. Vizinho ao rio Guadiana e ao moderno espelho 

d'água da Barragem de Alqueva, ergue-se sobre o monte Monsaraz,

dominando a vila medieval e a fronteira com a Espanha. A sua arquitetura

militar mescla elementos medievais e seiscentistas. À época da Reconquista

cristã da Península Ibérica, a povoação foi inicialmente conquistada pelas 

forças sob o comando do lendário Geraldo Sem Pavor (1167). Após a derrota

de D. Afonso Henriques (1112-1185) em Badajoz (1169) foi recuperada pelo 

Califado Almóada sob o comando de Abu Iacube Iúçufe (1173), para ser

definitivamente conquistada por D. Sancho II (1223-1248), com o auxílio 

da Ordem dos Templários, em 1232, a quem fez a doação destes domínios.

Desta época ficou-nos a lembrança do cavaleiro templário Gomes Martins

Silvestre, povoador de Monsaraz, cujo túmulo se encontra atualmente na 

Igreja Matriz de Santa Maria da Lagoa.



Castelo de Penedono, também referido como Castelo do Magriço,

na Beira Alta, localiza-se na povoação, freguesia e concelho de Penedono

no distrito de Viseu, em PortugalEm posição dominante sobre a povoação, 

esta pequena estrutura medieval constitui-se em um misto de fortificação

defensiva e residência senhorial. As fontes documentais mais antigas 

mencionam esta área apenas à época da Reconquista cristã da Península

Ibérica aos mouros, a propósito do repovoamento da região após a vitória

das forças de Ramiro II de Leão na batalha de Simancas (939). A defesa

desta parte do território foi confiada a Rodrigo Tedoniz, marido de Leodegúndia

(irmã de Mumadona Dias) com quem gerou D. Flâmula (ou Chamoa Rodrigues).

Rodrigo viria a ser alcaide dos castelos do soberano e, nessa função, teria

determinado a reedificação do Castelo de Penedono



Castelo de Mogadouro, em Trás-os-Montes, localiza-se na freguesia, 

povoação e concelho de Mogadouro, no distrito de Bragança, em Portugal.

Na vertente norte da serra de Mogadouro, a antiga vila e seu castelo 

constituíram, nos alvores da nacionalidade, um importante ponto estratégico

sobre a linha lindeira. Comenda da Ordem dos Templários, posteriormente

sucedida pela Ordem de CristoA época da Reconquista cristã da Península

Ibérica, e desde a fundação da nacionalidade portuguesa, a região de Miranda

do Douro foi palco de numerosas batalhas, vindo os castelos de Mogadouro e

Penas Róias, juntamente com os de AlgosoMiranda do DouroOuteiro de

Miranda e Vimioso a integrar a primeira linha de defesa do Nordeste de Portugal,

controlando a antiga Estrada Mourisca.



Castelo de Montalegre localiza-se na vila, Freguesia e Concelho

de mesmo nomeDistrito de Vila Real, em PortugalNo topo de um monte

granítico, de onde se descortinam as serras do Gerês (a Oeste) e do 

Larouco (a Leste) e o curso do rio Cávado (a Norte), o castelo domina 

a povoação, a poucos quilómetros da fronteira com a Galiza. Juntamente 

com o Castelo da Piconha, próximo de Tourém, e o Castelo de Portelo,

em Sendim (Padornelos). Território compreendido nos domínios do reino 

de Portugal desde a sua independência, a povoação recebeu Carta de 

Foral de D. Afonso III (1248-1279), em 9 de Junho de 1273, tornando-se

cabeça das chamadas Terras de Barroso, época em que a construção

do castelo deve ter sido iniciada, atravessando o reinado de D. Dinis

(1279-1325) – que garantiu à vila substanciais privilégios em 1289,

visando o seu povoamento -, para ser concluída, em 1331, no de

D. Afonso IV (1325-1357), conforme inscrição epigráfica no sopé da torre sul.








Castelo de Mourão, no Alentejo, localiza-se na freguesia, povoação 

e concelho de mesmo nomedistrito de Évora, em Portugal.

Compreendido no território à margem esquerda do rio Guadiana,

ergue-se em posição dominante sobre a antiga vila medieval.

De seus muros descortinam-se a planície envolvente com o

Castelo de Monsaraz a norte, e a fronteira com a Espanha a

este. Diante da conquista portuguesa da região, os seus domínios 

foram doados aos cavaleiros da Ordem dos Hospitalários,

sendo atribuído ao seu Prior, Gonçalo Egas, a concessão 

da primeira Carta de Foral à povoação, visando incentivar o

seu povoamento e defesa (1226). Datará deste período, sob 

o reinado de D. Sancho II (1223-1248), a construção ou reconstrução

da fortificação. Um novo foral foi outorgado à vila por D. Afonso III 

(1248-1279), em 1254.












Castelo de Óbidos localiza-se na freguesia de Santa Maria,
vila e concelho de 
Óbidos, no distrito de Leiria, em Portugal
Acredita-se que a primitiva ocupação humana do seu sítio remonte à
ré-história. Pela sua proximidade da costa atlântica, despertou
o interesse de povos invasores da 
Península Ibérica, tendo sido
sucessivamente ocupado por 
Lusitanos (século IV a.C.), 
Romanos (século I), Visigodos (séculos V a VI) e Muçulmanos 
(
século VIII), atribuindo-se a estes últimos a fortificação da
povoação, como se constata pela observação de determinados
trechos da 
muralha, com feições mouriscas. No contexto da
Reconquista cristã da Península, as forças do rei 
D. Afonso Henriques (1112-85), após as conquistas de Santarém 
e de 
Lisboa (1147), encontraram viva resistência para conquistar
a povoação e seu castelo, o que finalmente aconteceu através
de um ardil (
10 de Janeiro de 1148). O castelo encontra-se referido
documentalmente desde 
1153.


                                                                             


                                                                                




Palácio Nacional da Pena, popularmente referido apenas por

Palácio da Pena ou Castelo da Pena, localiza-se na vila de Sintra,

freguesia de São Pedro de Penaferrimconcelho de Sintra, no distrito

de Lisboa, em Portugal. Representa uma das principais expressões

do Romantismo arquitectónico do século XIX no mundo, constituindo-se

no primeiro palácio nesse estilo na Europa, erguido cerca de 30 anos

antes do Castelo de Neuschwanstein, na Baviera.

Em 7 de julho de 2007 foi eleito como uma das Sete Maravilhas de Portugal.

O palácio está aberto para visitas turísticas.O Palácio da Pena foi classificado

como Património Mundial da UNESCO em 1995. A ocupação do topo escarpado

da serra de Sintra, onde se localiza o atual palácio, ocorreu com a construção de 

uma pequena capela sob a invocação de Nossa Senhora da Pena, durante o

reinado de João II de Portugal.

No século XVIManuel I de Portugal no cumprimento de uma promessa, ordenou 

a sua reconstrução de raiz. Doou-a à Ordem de São Jerónimo, determinando a

construção de um convento de madeira, e substituindo-o, pouco mais tarde, por 

um edifício de cantaria, com acomodações para 18 monges. No século XVIII a

queda de um raio destruiu parte da torre, capela e sacristia, danos que foram

agravados em decorrência do terramoto de 1755, que deixou o convento em

ruínas. Apenas a zona do altar-mor, na capela, com um retábulo em mármore 

e alabastro atribuído a Nicolau de Chanterenne, permaneceu intacta.















Castelo de Pombal localiza-se na freguesia, cidade e concelho de Pombal,

distrito de Leiria, em PortugalEm posição dominante sobre um maciço rochoso

à margem do rio Arunca, este castelo templário teve expressivo papel na defesa

da região à época da afirmação da nacionalidade e, posteriormente, na consolidação

do condadoEmbora a data precisa de construção do castelo seja desconhecida, 

os estudiosos admitem que terá ocorrido juntamente com outros, à época da

Reconquista cristã, no século XII, durante o reinado de D. Afonso Henriques

(1112-1185), num período entre 1159, data do Foral da Redinha - que compreende 

cláusula de pagar-se o aforamento como o das terras de Pombal

("per forum terrae palumbarii") -, e 1171 ("era de 1209"), conforme inscrição

epigráfica dessa data em Almourol, que refere a construção de uma série de 

castelos, entre os quais o de Pombal, por Gualdim Pais, (filho de Paio Ramires)

então Mestre da Ordem dos Templários em Portugal. Efetivamente o Castelo de

Pombal obedece às mesmas linhas arquitetônicas características dos templários,

presentes não só no de Almourol, mas ainda nos de IdanhaMonsantoTomar e 

Zêzere, seus contemporâneos. A função deste conjunto era a de prover a defesa

e o povoamento destas terras, ao sul do rio Mondego, confiadas à Ordem. 

O próprio Gualdim Pais outorgou Carta de Foral a Pombal, em 1174, povoação 

que se desenvolveu na encosta Sul do morro do castelo, onde se encontravam 

o portão principal e as igrejas de Santa Maria do Castelo e de São Pedro, esta

última hoje demolida. 














Torre da Cadeia Velha

As muralhas de Ponte de Lima localizavam-se na freguesia de Ponte

de Lima, vila e concelho de mesmo nomedistrito de Viana do Castelo,

em PortugalPouco resta das defesas desta que é considerada a vila mais

antiga do país, às margens do rio Lima, e capital do Alto Minho até ao século XV

A cerca medieval

No contexto da Reconquista cristão da Península Ibérica, este dinâmico

burgo medieval recebeu o seu foral da Condessa D. Teresa, institucionalizando

a sua feira, a 4 de Março de 1125. Nesse documento afirma-se ter ela ter

resolvido fundar uma vila no lugar denominado "Ponte", concedendo privilégios 

a todos os que aí se fixassem. De fortificação tardia, as suas defesas foram

iniciadas sob o reinado de D. Pedro (1357-1367), iniciando-se a brita da pedra

para a cerca da vila a 8 de Março de 1359 e o muro a 3 ou 6 de Julho do

mesmo ano, conforme inscrição epigráfica originalmente na Torre Velha

Os trabalhos estariam concluídos anteriormente a 11 de Maio de 1370

no reinado de D. Fernando (1367-1383), tendo desempenhado importante 

papel estratégico sob o reinado de D. João I (1385-1433).


Muralhas Fernandinas é o nome pela qual ficou conhecida a cintura

medieval de muralhas do Porto, em Portugal, da qual somente pequenas

partes sobreviveram até aos nossos dias. Cerca nova e muralha gótica

são outras designações que se aplicam às muralhas fernandinas mas que,

apesar de cientificamente mais corretas, são menos correntes. Muralhas

Fernandinas é o nome pela qual ficou conhecida a cintura medieval de

muralhas do Porto, em Portugal, da qual somente pequenas partes

sobreviveram até aos nossos dias. Cerca nova e muralha gótica são

outras designações que se aplicam às muralhas fernandinas mas que,

apesar de cientificamente mais corretas, são menos correntes.





O Castelo de Sesimbra, também referido como Castelo dos Mouros,


localiza-se na vila de mesmo nome, freguesia do Castelo, concelho de

Sesimbra, distrito de Setúbal, em Portugal. O castelo medieval ergue-se

em posição dominante numa falésia, sobre uma enseada que se constitui

em porto natural na península de Setúbal, entre os estuários do rio Tejo

e o do rio Sado, a poucos quilômetros do cabo Espichel. À época da

reconquista cristã da Península Ibérica, após a conquista de Lisboa (1147)

a posse desta região oscilou entre muçulmanos e cristãos. Fracamente

guarnecida, a fortificação de Sesimbra foi inicialmente tomada pelas forças

de D. Afonso Henriques (1112-1185) em 21 de Fevereiro de 1165, que

lhe terão procedido a reparos e reforços nas defesas.




Castelo de Alvito, no Alentejo, localiza-se na freguesia e concelho 

de Alvitodistrito de Beja, em PortugalDominando uma elevação suave

nas planícies a noroeste da cidade de Beja, este monumento associa à 

função militar a de residência, razão pela qual alguns autores preferem 

classificá-lo como um paço fortificado. Em 1475, Afonso V de Portugal

(1438-1481) outorgou o título de barão de Alvito a João Fernandes da 

Silveira, funcionário régio cujos descendentes viriam a ser titulados como

marqueses. Poucos anos mais tarde, em 1482, João II de Portugal (1481-1495) 

concedeu ao barão e a sua esposa o direito de aí construírem um castelo

outorgando-lhes o senhorio da vila e dos povoados vizinhos.

Este nobre recebeu novas confirmações da licença-régia para a construção 

do castelo, por parte do mesmo soberano em 1489, e de Manuel I de Portugal 

(1495-1521), em 1497. De acordo com uma placa epigráfica sobre o portão

de entrada, as obras do atual castelo teriam se iniciado desde 1494, a cargo

do 2° barão de Alvito, D. Diogo Lopes da Silveira. Estariam concluídas em 1504




O Castelo de Castelo Branco, também conhecido localmente como

Castelo dos Templários, localiza-se na cidade, freguesiaconcelho e

distrito de Castelo Branco, em Portugal. Era um castelo ibérico estratégico 

e integrava, na Idade Média, a chamada Linha da Raia ou Linha do Tejo

Severamente danificado ao longo dos séculos, o castelo dos Templários

permanece como o mais importante registro histórico-militar da cidade. 

Logo que os Templários tomaram posse de Moncarche, em 1209, terão

logo feito planos para a construção do castelo. O castelo de Castelo Branco 

data dessa época, sendo a notícia mais antiga da sua existência datada de 1230.


Castelo de Guimarães localiza-se na freguesia de Oliveira do Castelo,

cidade e concelho de Guimarães, no distrito de Braga, em Portugal.

Em posição dominante, sobranceiro ao Campo de São Mamede, este 

monumento encontra-se ligado à fundação do Condado Portucalense

e às lutas da independência de Portugal, sendo designado popularmente

como berço da nacionalidade. Classificado como Monumento Nacional, em

2007 foi eleito informalmente como uma das Sete maravilhas de Portugal

No contexto da Reconquista cristã da Península Ibérica, os domínios de

Vimaranes foram outorgados, em fins do século IX, a um cavaleiro de suposta

origem castelhana, de nome Diogo Fernandes, que nelas veio a estabelecer-se.

Uma de suas filhas, de nome Mumadona Dias, desposou o poderoso conde 

Hermenegildo Gonçalves, vindo a governar, desde meados do século X até

ao terceiro quartel do século XI, os domínios de Portucale. Mumadona enviuvou

por volta de 928, entrando na posse de vastos domínios, divididos em julho de 950

entre os seus seis filhos. Nesse momento, por inspiração piedosa, fundou, na parte

baixa da povoação de Vimaranes um mosteiro, ao qual veio a fazer, mais tarde,

uma vultosa doação de terras, gado, rendas, objetos de culto e livros religiosos 

(26 de janeiro de 959). Pouco mais de um século passado, a povoação de

Vimaranes encontrava-se entre os domínios doados pelo rei Afonso VI de Leão

e Castela a D. Henrique de Borgonha, que formaram o Condado Portucalense

O conde D. Henrique (1095-1112) e sua esposa, D. Teresa de Leão escolheram 

esta povoação e o seu castelo como residência. Desse modo, a primitiva construção

da época de Mumadona terá sido demolida e, em seu lugar, erguida a imponente

estrutura da Torre de Menagem. O perímetro defensivo foi ampliando e reforçando,

nele se rasgando a porta principal, a Oeste sobre a vila, e a chamada Porta da

Traição, a Leste. Dentro dos muros dessa cerca terá resistido D. Afonso Henriques 

(1112-1185), em 1127, ao assédio das forças do rei Afonso VII de Leão e Castela

evento que levou Egas Moniz a garantir aquele soberano a vassalagem de seu amo,

libertando a vila do cerco. No vizinho campo de São Mamede, o castelo foi testemunha

do embate entre as forças de D. Afonso Henriques e as de D. Teresa 

(24 de junho de 1128)que, com a vitória das armas do primeiro, deu origem á

nacionalidade portuguesa.











Castelo de Lanhoso, também referido como Castelo da Póvoa

de Lanhoso, localiza-se na freguesia de Póvoa de Lanhoso, concelho 

de mesmo nomedistrito de Braga, em PortugalEmbora bastante 

descaracterizado, é um dos mais imponentes castelos portugueses,

contabilizando a expressiva marca de 100 mil visitantes entre 1996

e 2006, um destaque no circuito turístico regional. Erguido no topo do

Monte do Pilar - o maior monólito granítico do país -, isolado na divisa

dos vales dos rios Ave e Cávado, dentro dos seus muros foi erguido um 

santuário seiscentista, utilizando a própria pedra das antigas muralhas.

A meia encosta, no seu acesso, podem ser apreciados os vestígios de 

um antigo castro romanizado. A tradição refere que neste castelo se

refugiou, por duas vezes, a condessa Teresa de Leão, mãe de

D. Afonso Henriques (1112-1185).











Castelo de Trancoso localiza-se na Beira Interior, na freguesia de 

Santa Maria, cidade e concelho de Trancosodistrito da Guarda, em Portugal.

Ergue-se sobre um planalto na região Nordeste da Beira, vizinho à nascente 

do rio Távora, afluente do rio Douro, e ao Castelo de Penedono, distante 

cerca de cinco léguas, com o qual compartilha caraterísticas comuns. 

Desde o século XII, época da constituição da nacionalidade portuguesa,

a povoação e seu castelo adquiriram importância estratégica na raia com

Reino de Leão, a par de outras localizades como a Guarda e a Covilhã.

Posteriormente constituir-se-ia em domínio da família dos Coutinho.

Atualmente constitui-se em ex-libris da cidade, atraindo milhares de turistas

anualmente. A primitiva edificação que originou o castelo – uma torre defensiva

- remonta à época da Reconquista cristã da Península Ibérica quando, no início

do século X, a região foi ocupada e seu repovoamento promovido por Rodrigo

Tedoniz. Tendo passado por herança a sua filha, Chamôa Rodrigues

(ou Flâmula Rodrigues), sobrinha de Mumadona Dias, a primeira referência

documental a um castelo em Trancoso remonta à doação testamentária desta,

juntamente com outros castelos e penelas na região, como o Castelo de Moreira

de ReiCastelo de Terrenho e o Castelo de Cótimos (hoje não passível de identificação),

 ao Mosteiro de Guimarães, em 960.








Torre de Ucanha localiza-se na freguesia de Ucanha, concelho de Tarouca

distrito de Viseu, em Portugal. Está classificada pelo IPPAR como Monumento

Nacional desde 1910O erudito José Leite de Vasconcelos, nascido em Ucanha,

aponta essencialmente três razões para a construção da ponte e da torre de Ucanha,

lançadas sobre o rio Varosa, perto de Tarouca e a poucos quilómetros de Lamego:

a de defesa, à entrada do couto monástico de Salzedas; a de ostentação senhorial,

bem patente na alta torre; e a da cobrança fiscal, pelo valor económico que tal

representaria para o mosteiro cisterciense erguido próximo. A sua existência já

vem documentada no século XIID. Afonso Henriques doou, em 1163, à viúva

de Egas MonizTeresa Afonso, o couto de Algeriz, acrescentando-lhe o território

de Ucanha. A ponte deve ter sido construída pelos romanos, no seguimento de

uma estrada que passava ali perto. Teresa Afonso, fundadora do Mosteiro de

Santa Maria de Salzedas, doou ao convento o couto que recebera do rei e foram 

os monges quem mais beneficiou da velha ponte, convertida em apreciável fonte

de rendimento pelos direitos de portagem que seriam cobrados.





Castelo de Viana do Alentejo localiza-se na vila, freguesia e concelho de

mesmo nomedistrito de Évora, em PortugalAproximadamente equidistante

das cidades de Évora e de Beja, o castelo ergue-se no sopé sul do monte de

S. Vicente, em posição dominante sobre a parte antiga da vila. É considerado,

juntamente com o Castelo de Alvito, um dos mais notáveis conjuntos arquitetónicos

fortificados do final do período gótico. O seu nome, Viana do Alentejo, liga-se ao

título nobiliárquico da família Meneses, primeiros condes de Viana, que se 

destacaram nas campanhas portuguesas do Marrocos no século XV. Os seus

domínios, primitivamente integrantes de uma herdade denominada "Foxem",

de propriedade da Câmara Municipal de Évora, foram por esta doados, nos

primeiros anos da segunda metade do século XIII, a Egídio Martins, mordomo

da Cúria no tempo de Afonso III de Portugal (1248-1279), mantendo-se na posse

de seus descendentes. Após o falecimento de D. Martim Gil, senhor destes

domínios, o rei Dinis de Portugal (1279-1325) tomou posse dos mesmos,

passando Carta de Foral à povoação (1313) documento onde é denominada 

como Viana-de-a-par-de-Alvito, regulando-lhes as relações e doando cem

libras para as suas obras de fortificação. Iniciaram-se, assim, as obras de

construção do castelo e da cerca da vila. No ano seguinte (1314), a vila e

seus domínios foram doados pelo soberano a seu filho, o futuro Afonso IV 

de Portugal, com a cláusula de o não trespassar a ninguém, salvo à esposa, 

a infanta castelhana D. Beatriz, o que ele efetivamente fez, em 1357, poucos 

dias antes de falecer.







Castelo de Belmonte, na Beira Baixa, localiza-se na freguesia, vila e concelho

de Belmontedistrito de Castelo Branco, em PortugalEm posição dominante sobre

uma elevação à margem esquerda do rio Zêzere, na região da serra da Estrela

este castelo medieval tem a sua história ligada à dos descobrimentos portugueses

e à do Brasil, uma vez que os seus Alcaides pertenciam à família do navegador

Pedro Álvares CabralAs primeiras notícias históricas acerca destes domínios

datam do reinado de D. Afonso Henriques (1112-1185), quando o senhorio das

terras de Centum Cellas teria sido doado ao bispo de Coimbra (6 de Maio de 1168).

Mais tarde, D. Sancho I (1185-1211), concedeu Carta de Foral à Vila (1199), que

então integrava o senhorio. Posteriormente, Afonso III de Portugal (1248-1279) 

determinou ao bispo de Coimbra, D. Egas Fafes, que procedesse a construção de 

uma torre e castelo. Neste período, o bispo da Guarda comprou e vendeu casas no

recinto do castelo (1253) e, três anos mais tarde, a 27 de Abril, o Papa Alexandre IV

doou o Castelo de Belmonte e as povoações de Inguias e Olas de Godim à Sé da

Guarda, com todos os direitos episcopais, ficando a Sé de Coimbra a manter as

possessões laicas. A torre e o castelo estariam possivelmente concluídos sob o 

reinado de D. Dinis (1279-1325). Essas referências são confirmadas por vestígios

arqueológicos dos finais do século XII e início do século XIII da demolição de 

casas no interior da vila para a construção do castelo e da torre de menagem.








Castelo de Almourol localiza-se na freguesia de Praia do Ribatejo,

concelho de Vila Nova da Barquinhadistrito de Santarémregião do 

Centro (Região das Beiras), em Portugal, embora a sua localização

seja frequentemente atribuída a Tancos, visto ser a vila mais perto e 

onde se vislumbra melhor. Erguido num afloramento de granito a 18 

metros acima do nível das águas, numa pequena ilha de 310 metros 

de comprimento por 75 metros de largura, no médio curso do rio Tejo,

um pouco abaixo da sua confluência com o rio Zêzere, à época da

Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, atual Região de 

Turismo dos Templários. Constitui um dos exemplos mais representativos

da arquitetura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios

do reino de Portugal e a Ordem dos Templários, associação que lhe reforça

a aura de mistério e romantismo. Com a extinção da Ordem do Templo 

castelo de Almourol passa a integrar o património da Ordem de Cristo

(que foi a sucessora em Portugal da Ordem dos Templários).











                                                                                


Castelo de Castelo Novo localiza-se na aldeia de mesmo nome,

Concelho de FundãoDistrito de Castelo Branco, em Portugal.

Erguido sobre um afloramento rochoso na vertente leste da chamada

serra da Gardunha, constituía-se no polo militar em torno do qual se 

desenvolveu a povoação de Castelo Novo, sucessora da de Castelo 

Velho, no topo da serra. Castelo Novo, atualmente, integra o Programa

Aldeias Históricas. A sua existência será anterior ao início do século XIII,

uma vez que o castelo se encontra referido tanto no testamento de

D. Pedro Guterres (8 de Janeiro de 1221) como no foral de Lardosa

Encontra-se ligado ainda à presença da Ordem dos Templários na região,

razão pela qual alguns autores atribuem a sua edificação ao Mestre da

Ordem, D. Gualdim Pais, sob o reinado de D. Sancho I (1185-1211).

Ao final do século XIV, o rei D. Dinis (1279-1325) determinou reforçar as 

suas defesas, hipótese que se fundamenta na constatação de vestígios

de adarves e ameias dionisinas em um troço das muralhas. A partir desta

época, teria sido abandonado o chamado Castelo Velho, no topo da serra.







Castelo da Lousã, também referido como Castelo de Arouce,

localiza-se a cerca de dois quilômetros da freguesia, vila e concelho 

de Lousã, no distrito de Coimbra, em Portugal.

Construído na segunda metade do século XI, localiza-se na serra da

Lousã, na margem direita do rio Arouce, o monumento constitui-se, 

nos nossos dias, em uma requisitada atração turística. Admite-se que 

a edificação (ou reedificação) do Castelo de Arouce remonta para a

segunda metade do século XI, quando a povoação foi pacificamente 

ocupada pelo conde Sesnando Davides, governador da circunscrição

conimbricense, cujo mandato lhe foi outorgado por Fernando Magno,

soberano que havia conquistado Coimbra aos mouros desde 1064,

trazendo a Reconquista cristã da Península Ibérica até à região das 

serras da Estrela e da Lousã.

Conquistado pelos mouros durante a ofensiva de 1124, foi reocupado

e reparado por D. Teresa de Leão. Com a independência de Portugal,

passou a integrar a linha raiana do Mondego até 1147, quando da conquista

de Santarém e de Lisboa pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185),

que a estendeu até ao Tejo. Nesse período, aqui vinha passar o Verão

a sua esposa, a rainha D. Mafalda de Saboia, com a sua corte.

Na Carta de Foral que este soberano concedeu a Miranda do Corvo (1136),

faz alusão ao Castelo de Arouce, que viria a receber o próprio foral em 1151









Castelo de Sortelha localiza-se na vila de mesmo nome,

concelho do Sabugaldistrito da Guarda, em Portugal.

Erguido sobre um maciço granítico em posição dominante sobre

vale de Riba-Côa, área de passagem entre a Meseta Ibérica e

a depressão da Cova da Beira, integra o conjunto da que é considerada

uma das mais bem conservadas Aldeias Históricas da Beira Interior

À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, Pena Sortelha,

como então era chamada, constituiu-se em defesa da região fronteiriça,

disputada entre Portugal e Castela. A partir de 1187D. Sancho I

(1185-1211) tomou medidas para repovoar o lugar, e foi o seu neto

homónimo, D. Sancho II que concedeu foral à vila (1228), época provável 

da edificação do castelo. A cerca da vila seria beneficiada por D. Dinis no

século XIII que, a partir da assinatura do Tratado de Alcanises (1297),

fixou as fronteiras para além das terras de Riba-Côa. No século seguinte,

foi erguida uma nova cerca por iniciativa de D. Fernando.




                                                                               







Castelo de Silves é um castelo localizado na cidade, freguesia e concelho 

de Silves, no distrito de Faro, no Algarve, em PortugalEm posição dominante

sobre a foz do rio Arade, guarnecendo aquele trecho do litoral, constitui-se no 

maior castelo da região algarvia, sendo considerado como o mais belo exemplo 

da arquitetura militar islâmica no País. À época da Reconquista cristã da

Península Ibérica, o monarca português D. Sancho I (1185-1211) também 

foi atraído pela prosperidade deste enclave. No início do ano de 1189, com

o auxílio de uma frota de cruzados Dinamarqueses e Frísios, conquistou

preliminarmente o vizinho Castelo de Alvor. No Verão do mesmo ano, com

um auxílio de uma nova frota de cruzados, agora de Ingleses e Alemães,

intenta, a partir da segunda quinzena de Julho, a conquista de Silves, a 

quem impos um duro sítio. Deste episódio, chegou até nós a narrativa de 

um de seus participantes, que descreve a violência do cerco, assim como 

o emprego de uma variedade de máquinas de guerra, tais como torres de

madeira, catapultas e de um "ouriço" (esfera de madeira armada com

pontas de ferro), que destruíram várias torres e troços da muralha, conduzindo 

à rendição da povoação a 2 de Setembro, violentamente saqueada na ocasião.

A povoação e seu castelo mantiveram-se na posse de Portugal até à

contra ofensiva almóada que, sob o comando do califa Iacube Almançor,

em 1191, culminou com a perda de todas as conquistas cristãs nos territórios

ao sul do rio Tejo, à exceção da cidade de Évora.





        

Castelo de Vila Viçosa, no Alentejo, localiza-se na freguesia da

Conceição, na povoação e concelho de Vila Viçosa, Concelho de Vila

Viçosa, Distrito de Évora, em PortugalEm posição dominante sobre a

vila, nas proximidades da vertente nordeste da serra de Ossa, ergue-se

sobre uma colina defendida naturalmente pela ribeira de Ficalho e pela

ribeira do Carrascal, afluentes menores do rio Guadiana.  À época da 

Reconquista cristã da península, quando da afirmação da nacionalidade

portuguesa, a região foi dominada a partir da conquista de Alcácer do

Sal (1217). Embora não se possa afirmar se uma primitiva povoação foi

abandonada e reocupada, ou se o seu povoamento cristão foi tardio, é 

certo que Vila Viçosa recebeu de D. Afonso III (1248-1279) a sua Carta de

Foral, passada em 5 de Junho de 1270. Datará, dessa época, o início da

construção de seu castelo, a que seu filho e sucessor, D. Dinis (1279-1325), 

dará um efetivo impulso, terminando a sua edificação e fazendo erguer a

cerca da vila. No reinado de D. Fernando I (1367-1383), a exemplo do que

se fez em diversos castelos do reino, foram feitos importantes melhoramentos

na fortificação de Vila Viçosa.